Eu calmamente subi até a entrada da frente. Peguei a maçaneta e girei com cuidado, procurando por quaisquer sinais. Eu não ouvi nada. Coloquei minha cabeça para dentro e olhei em volta, mas a casa estava às escuras. Eu dei um passo para dentro.
Chamei minha mãe, mas ninguém respondeu. Eu ia acender a luz, mas olhei em volta novamente. Já passava das 21h. Não havia como ninguém estar em casa. Chamei novamente, mas houve apenas silêncio.

Eu tinha voltado para casa mais tarde do que de costume. Normalmente, eu deveria ajudar minha mãe assim que as aulas acabassem, mas eu queria brincar com meus amigos pelo menos uma vez. Então, sem avisar para ninguém, eu cheguei tarde em
casa. Porém, ninguém estava em casa. Senti um frio estranho e cobri meus braços com as palmas das minhas mãos. Apenas fiquei parado ali na sala escura.

De repente, o telefone tocou. O arrepio permeou por mim. O telefone estava tocando, mas tive a estranha sensação de que eu não deveria atender. Era uma sensação sinistra de que, se eu atendesse ao telefone, tudo mudaria, de que eu não seria capaz de voltar para o eu de agora. Mas o telefone continuou tocando e eu acabei me encontrando na frente dele. Então, peguei o telefone.