Entrei pelo beco e vi a pilha de móveis e utensílios domésticos na rua. “NamJoon. O que está acontecendo com aquelas coisas ali?”, meu pai suspirou. Eu estava trazendo meu pai de volta do hospital. Embora o ponto de ônibus ficasse a apenas cem metros de nossa casa, era difícil para meu pai caminhar. Eu corri para casa. Minha mãe, que estava agachada perto dos utensílios domésticos que ladeavam a parede, me viu e se levantou. “NamJoon, o que devemos fazer?”. Minha mãe disse que brigou com o filho do proprietário do prédio, que veio receber o aluguel vencido que meu irmão mais novo
não pagou.

Eu acompanhei meu pai até o depósito atrás do supermercado da vizinhança.
Enquanto eu movia os móveis, minha mãe organizava coisas como comida, bebida e talheres. As coisas que antes estavam no lar de dois cômodos agora estavam empilhadas camada por camada no depósito. Também haviam coisas que queríamos jogar fora, mas precisaríamos de dinheiro para fazer isso. Quando tudo estava terminado, já era noite. A parte inferior das minhas costas estava queimando e eu suava. Minha mãe me deu hashis e me disse para comer alguma coisa, mas eu não conseguia.

O depósito estava abafado, então saí e sentei no banco de madeira do supermercado.
“NamJoon. Para onde NamHyun foi?”. Com as palavras da minha mãe, eu gritei: “Como é que eu vou saber?”. NamJoon. NamJoon. NamJoon. Era cansativo. Eu me arrependi por dizer ao meu irmão para não desanimar e continuar vivendo. Mesmo que tenhamos que suportar ficar nesse depósito por alguns dias, o que devemos fazer
depois disso? Eu não conseguia pensar em nada. O dono do supermercado deixou uma lata de cerveja e voltou para dentro.