O fogo queimava vermelho escarlate. A casa em que eu vivi até hoje de manhã era engolida pelas chamas. As pessoas que me conheciam vieram correndo e gritando alguma coisa. Os vizinhos deram passos curtos e rápidos. Eles disseram que o caminhão de bombeiros não conseguiria entrar, pois não havia uma entrada segura. Eu parei e fiquei no lugar.

O fim do verão. Era o início do outono. O céu estava azul e o ar estava seco. O que eu deveria pensar, o que eu deveria sentir, o que eu deveria fazer, eu não sabia nada disso. No entanto, eu pensei “Ah… Mãe.” No momento seguinte, a casa desmoronou com um estrondo. A casa engolida em chamas, não, a casa que agora tinha se
tornado as chamas, o telhado, as colunas, as paredes, o quarto em que vivi, tudo desmoronou como se a casa fosse feita de areia. Eu encarei a cena com um olhar vago.

Alguém passou por mim, me empurrando. Eles disseram que o caminhão de bombeiros estava passando. Mais alguém me agarrou e me perguntou algo. A pessoa me olhou nos olhos e gritou algo, mas eu não ouvi nada.